O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) debochou do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e aproveitou para também alfinetar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite desta segunda-feira (10/7).
Haddad havia tocado um trecho da música "Blackbird", dos Beatles, no violão, durante entrevista à jornalista Natuza Nery, no podcast "O Assunto", do G1. "Eu fico com vergonha", brincou o ministro, que, no entanto, destilou parte da canção.
Flávio Bolsonaro utilizou um corte do vídeo da performance de Haddad para vociferar contra o governo federal. "Ele (Haddad) toca, o povo dança, e Lula viaja! O pão e circo voltou", escreveu o senador em suas redes sociais.
O vídeo ainda trazia a inscrição: "Quando você não entende nada de economia... Mas sabe fazer pix de bilhões!".
Ele toca, o povo dança e Lula viaja! O pão e circo voltou pic.twitter.com/oMEkDGW58G
%u2014 Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) July 11, 2023
Dino
Mais cedo, Flávio também criticou o ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. "Rápido no abuso da máquina pública para perseguir opositores políticos, mas 'esqueceu' de acionar as forças de segurança a tempo no 8 de janeiro. Lula relativiza a democracia, e Dino relativiza a imunidade parlamentar. Vamos acionar o MPF para investigar seu abuso de autoridade", disse.
Irmão de Flávio, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foi outro a criticar Dino porque o ministro determinou que a Polícia Federal (PF) investigue um discurso do parlamentar, proferido desse domingo (9/7), que equipara "professores doutrinadores" a traficantes de drogas.
"Um ministro da Justiça mobilizar a PF para investigar minha analogia sobre doutrinadores, que se aproveitam da posição de professores para escravizarem pela ideologia, agirem como traficantes que escravizam pela droga, ambas as situações propiciadas pela ausência dos pais no dia a dia dos filhos, é mais um degrau da escalada autoritária no Brasil", escreveu Eduardo.
Nesta segunda-feira (10/7), Dino afirmou que determinou que a PF apure para "identificar indícios de eventuais crimes, notadamente incitações ou apologias a atos criminosos".