O tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro que não tinha uma relação pessoal com o ex-chefe do Executivo. Mauro Cid é ouvido na comissão, nesta terça-feira (11/7). Na ocasião, o militar detalhou como é a escolha dos Ajudantes de Ordem, e ressaltou que não participava de reuniões políticas.
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Mauro Cid na CPMI
É esperado que Cid preste informações sobre trocas de mensagens com conteúdo golpista com o coronel Jean Lawand, uma minuta golpistas de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o passo a passo para um golpe de Estado que manteria Bolsonaro no poder. As informações fazem parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.
Em junho, Mauro Cid tentou conseguir um habeas corpus para não comparecer à CPMI. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela obrigatoriedade do comparecimento de Cid, mas manteve o direito de o tenente-coronel permanecer calado durante a oitiva.
Cid preso
O ex-ajudante de ordens está preso desde o dia 3 de maio sob acusação de participar de esquema de fraude no Ministério da Saúde por inserir dados falsos em cartões de vacina de membros da família dele e da família do ex-presidente Bolsonaro. Cid também é investigado por envolvimento no caso das joias dadas ao então presidente Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita.