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Estado de Minas DEPOIMENTO

CPMI do 8/1: Mauro Cid nega relação pessoal com Bolsonaro

Na CPMI dos atos golpistas, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que nomeação dele veio do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)


11/07/2023 11:15 - atualizado 11/07/2023 11:35
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Mauro Cid
Mauro Cid depõe hoje na CPMI dos atos golpistas (foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados )
O tenente-coronel, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas do dia 8 de janeiro que não tinha uma relação pessoal com o ex-chefe do Executivo. Mauro Cid é ouvido na comissão, nesta terça-feira (11/7). Na ocasião, o militar detalhou como é a escolha dos Ajudantes de Ordem, e ressaltou que não participava de reuniões políticas. 

"Minha nomeação jamais teve qualquer ingerência política. Minha vinculação administrativa era estabelecida pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Para conhecimento de vossas excelências, o ajudante de ordens é a única função de assessoria próximo ao presidente que não é objeto de sua própria escolha, sendo de responsabilidade das Forças Armadas selecionar e designar os militares", destacou o tenente-coronel. 

Mauro Cid detalhou que auxiliava o ex-presidente Jair Bolsonaro em seus compromissos, mas destacou que, quando se tratava de encontros políticos, recepcionava os participantes e ficava à disposição, mas "do lado de fora das reuniões". O tenente-coronel também disse que não questionava os assuntos tratados nas reuniões.

"Não estava na minha esfera de atribuições de analisar propostas, projetos ou demandas trazidas pelos ministros de Estado, autoridades e demais apoiadores. Ou seja, não participávamos da atividade relativa à gestão pública", pontuou.

Mauro Cid na CPMI

É esperado que Cid preste informações sobre trocas de mensagens com conteúdo golpista com o coronel Jean Lawand, uma minuta golpistas de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e o passo a passo para um golpe de Estado que manteria Bolsonaro no poder. As informações fazem parte de um relatório de 66 páginas produzido pela Diretoria de Inteligência da Polícia Federal.

Em junho, Mauro Cid tentou conseguir um habeas corpus para não comparecer à CPMI. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu pela obrigatoriedade do comparecimento de Cid, mas manteve o direito de o tenente-coronel permanecer calado durante a oitiva

Cid preso

O ex-ajudante de ordens está preso desde o dia 3 de maio sob acusação de participar de esquema de fraude no Ministério da Saúde por inserir dados falsos em cartões de vacina de membros da família dele e da família do ex-presidente Bolsonaro. Cid também é investigado por envolvimento no caso das joias dadas ao então presidente Bolsonaro pelo governo da Arábia Saudita


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