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Estado de Minas GOVERNO DE MINAS

Gustavo Valadares toma posse como secretário de Estado do Governo Zema

Deputado foi líder do governo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e assume o cargo antes ocupado por Igor Eto


11/07/2023 11:40 - atualizado 11/07/2023 16:28
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Gustavo Valadares
Valadares afirma que terá um bom diálogo com os deputados da assembleia, mas com responsabilidade de governo (foto: Cristiano Machado / Imprensa MG)
Após semanas de uma articulação complexa na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o deputado estadual Gustavo Valadares (PMN) tomou posse como secretário de Estado de Governo, nesta terça-feira (11/5). O parlamentar assume o lugar do ex-secretário Igor Eto, que deixou o cargo no final de junho carregando uma certa insatisfação de membros do Executivo com sua atuação na pasta.

Já experiente, com rodagem de seis mandatos e boa relação entre deputados estaduais, Valadares afirma que o governo precisa entender que sem política não vai a lugar algum. "Esse governo, responsável que é, estará ao lado da assembleia para fazer do estado a maior referência de gestão pública do pais", disse o secretário durante cerimônia ao lado do governador Romeu Zema (Novo), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.

Na teoria o parlamentar será responsável pela relação entre o poder Executivo e o Legislativo, na prática pouca coisa muda nas funções exercidas por Valadares, que era líder do governo na ALMG desde o primeiro mandato de Zema (2019-2022). A posição entre os parlamentares foi deixada na última quinta-feira (6/7), quando o agora secretário entregou seu afastamento do legislativo.

Zema destacou que seu governo, antes considerado muito técnico e pouco político, recebe o primeiro secretário que era um membro da Assembleia Legislativa. "Eu fico satisfeito de estar quebrando uma regra. Mostra que nós estamos aprendendo a fazer política, fica claro uma curva de aprendizado", disse.

"O componente técnico tem que estar mesclado com o político, e saber dosar isso é quase uma arte", emendou, lembrando que Valadares tem quase 20 anos de deputado estadual.

Da saída de Igor Eto até a nomeação oficial de Gustavo Valadares, o cargo de secretário foi ocupado interinamente por Juliano Fisicaro Borges, atual secretário de Estado Adjunto de Governo, e pelo vice-governador, Mateus Simões (Novo).

cargo de deputado deixado por Valadares será assumido pelo ex-secretário de Serviços Urbanos do Município de Uberlândia João Júnior, primeiro suplente do PMN. O novo parlamentar recebeu 21.915 nas últimas eleições e, também, tomou posse na manhã desta terça, em cerimônia no Salão Nobre da ALMG.

Já o posto de Líder do governo na ALMG ainda precisa ser definido por Zema. Atualmente, os cinco vice-líderes são: Zé Laviola (Novo), Douglas Melo (PSD), Chiara Biondini (PP), Bruno Engler (PL) e Bosco (Cidadania). Segundo Valadares, a escolha do novo nome deve ser feita nos próximos 15 dias, já no recesso parlamentar, e todos os 57 deputados da base governista estariam aptos a liderar. 

Servidores

Nos últimos momentos na ALMG, Valadares viu o imbróglio entre os deputados da situação e da oposição - em relação ao reajuste da educação - atrasar a votação do Projeto de Lei (PL) 767/2023 que trata do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal (PAF), um pré-requisito para que o estado passe a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). 

Eventualmente o texto foi aprovado, mas o atraso fez com que o governo perdesse o prazo estabelecido pelo Ministério da Fazenda, tendo agora que pagar um débito de R$ 16,4 bilhões com a União. Zema argumenta que a execução da dívida ameaça o pagamento dos servidores e o cumprimento de contratos com fornecedores.

O reajuste da educação também foi aprovado, mas uma emenda que estendia o benefício para os servidores da Segurança Pública foi rejeitada. Alguns parlamentares acusam a articulação de Gustavo Valadares, já que a matéria não teria nenhum vício de iniciativa e teve apoio suficiente para ser protocolada.

O agora secretário afirma que o governo reconhece a demanda dos servidores públicos, mas que nenhum reajuste será concedido sem responsabilidade fiscal. “Se houver uma brecha no orçamento, na situação financeira do estado, que nos permita fazer uma recomposição de todos os servidores, isso será feito na mesma hora. Enquanto não houver, vamos continuar trabalhando com responsabilidade”, disse.

Privatizações

No próximo dia 18 de julho a ALMG interrompe os trabalhos para um recesso de meio ano, retornando no início de agosto para o segundo semestre da legislatura. Segundo Valadares (PMN), o período será muito movimentado, mas um dos principais focos de trabalho do governo será retomar as conversas sobre as privatizações de empresas estatais.

“Precisamos começar a conversar com relação as privatizações. Esse governo não tem receio nenhum em dizer que defende a privatização das empresas do estado. É preciso que a gente coloque essa camisa, principalmente a base do governo”, disse.

O secretário afirmou que o processo será discutido para a Cemig (Energia Elétrica) e Copasa (Saneamento), mas não estabeleceu uma ordem. “O governo tem a sensibilidade de entender que nós não podemos fazer tudo de uma vez. Uma delas (estatais) caminhará primeiro, ainda não definimos qual será. A ideia é que a gente tenha esse norte das privatizações como algo importante para o segundo semestre”, completou o secretário.


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