Durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro, a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) prestou continência ao tenente-coronel Mauro Cid. O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é ouvido hoje (11/7) pela comissão na condição de testemunha.
Mauro Cid discursou durante 8 minutos no início da sessão. Logo depois, a deputada se posicionou em frente à mesa diretora e prestou a continência, sem dizer nada. O gesto foi respondido por um aceno de cabeça do tenente-coronel.
Waiãpi integra a base bolsonarista da Câmara. Antes de ser deputada federal, foi a primeira indígena a integrar as Forças Armadas, chegando a patente de segunda-tenente. Ela também foi secretária nacional da Saúde Indígena, e participou do governo de transição do ex-presidente Bolsonaro.
Mauro Cid na CPMI
Mauro Cid está preso desde o dia 3 maio, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de fraude no Ministério da Saúde e falsificação de cartões de vacinação de COVID-19 para a família dele e a família de Jair Bolsonaro.
Ele também é investigado por trocar mensagens de teor golpista com outros funcionários do governo e planejar um golpe de Estado para manter Bolsonaro no Poder. Além disso, também é investigado por participação no caso das jóias sauditas.
A ministra do STF Cármen Lúcia determinou que o tenente-coronel comparecesse perante os parlamentares, mas assegurou o direito de ele permanecer calado e ser acompanhado por seus advogados.
Após o discurso inicial, no qual negou envolvimento com o ex-presidente, Cid permaneceu em silêncio em todas as perguntas feitas pela relatora, a deputada Eliziane Gama (PSD-BA) até o momento.