Os quase cem requerimentos foram aprovados em bloco --sem a contagem de votos e a leitura do que cada um deles pedia--, antes do depoimento do principal ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid.
Bolsonaristas também batem na tecla de que o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), assistiu inerte ao ataque golpista da janela do ministério. Os requerimentos aprovados solicitam a íntegra das imagens das câmeras de segurança do prédio.
A oposição chegou a reclamar da votação, afirmando que os parlamentares não sabiam o que estava sendo votado porque a pauta não tinha sido publicada com 48 horas de antecedência, como pede o regimento.
Mesmo assim, o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), intermediou um acordo entre base e oposição para excluir da lista todos os requerimentos de convocação ou convite e aprovar o restante da pauta.
Ao perceber que a base do governo Lula tinha ajudado a aprovar os requerimentos da oposição por engano, a relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), fez um apelo para que o presidente da comissão voltasse atrás, mas o pedido foi negado.
"A gente teve uma votação por acordo. Eu repito aqui o que eu disse: essa presidência não vai fazer assessoria de deputado", respondeu Maia.
Maia disse que anular o que havia sido aprovado seria "impossível", e anunciou que a pauta com os próximos requerimentos de convocação e convite será definida por uma comissão formada por seis parlamentares da base e da oposição.