Com a decisão do governo federal de encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL), governadores aliados do ex-presidente decidiram manter o programa.
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) disse que o programa das escolas cívico-militares será mantido. Em nota, o governador mineiro disse que o modelo continuará funcionando com gestão compartilhada com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.
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Governo de Minas vai manter o programa de escolas cívico-militares'O presidente virá a Minas', diz ministro de Lula em BHZema justifica fala sobre MussoliniSantana: 'Nenhum aluno será prejudicado com fim de escola cívico-militar'Decisão do governo federal afeta menos de 15% das escolas militares do paísCoronel Naime, depoente na CPMI, é encontrado desacordado em celaEm nota, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o estado vai editar um decreto com o objetivo de regular o seu próprio programa de escolas cívico-militares. Além disso, o governador também afirmou que deve ampliar as unidades de ensino deste formato em todo o estado de São Paulo.
"Fui aluno de Colégio Militar e sei da importância de um ensino de qualidade e como é preciso que a escola transmita valores corretos para os nossos jovens", comunicou em nota publicada nas redes sociais, nessa quarta-feira (12/7).
No Rio de Janeiro o programa também deve ser mantido. De acordo com o governador Cláudio Castro (PL), o objetivo é permanecer com o modelo e buscar ampliar.
"O nosso Estado tem longa tradição na formação militar do país. É uma vocação! Temos 16 unidades no RJ que já trabalham com gestão compartilhada com as forças armadas e militares do estado. Atendemos aproximadamente 10 mil alunos. Portanto vamos manter essas escolas já existentes. Nossa estratégia é ainda ampliá-las, já que elas se enquadram como escolas vocacionais e estão no escopo do novo ensino médio", comunicou.
Ratinho Junior (PSD), governador do Paraná, decidiu manter o programa nas escolas estaduais. O estado tem 194 colégios com o modelo cívico-militar, que tem como referência o modelo federal. Conforme informado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) do Paraná, o estado vai "trabalhar para migrar os 12 colégios do modelo federal para o estadual".
Ao Correio Braziliense, o governador Ibaneis Rocha (MDB), também garantiu que o programa das escolas cívico-militares vai prosseguir no Distrito Federal. "O Distrito Federal vai continuar a implementar. Quanto ao governo federal depende deles", declarou.
Em Santa Catarina, o governador Jorginho Mello (PL) lamentou a decisão do governo federal e disse que irá "avaliar a manutenção do programa" junto a Secretaria de Educação do estado.
Fim das escolas cívico-militares
O governo Lula decidiu encerrar o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, criado em 2019 pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e uma das prioridades de sua gestão. A ideia é que o programa seja encerrado de maneira "cuidadosa" até o fim de 2023, mas o processo deve ser feito ainda de forma a não prejudicar o ano letivo.
A decisão foi tomada após análise conjunta entre os ministérios da Educação e da Defesa. Com o fim do programa, as escolas cívico-militares serão reintegradas à rede regular de ensino.
Ao todo, foram implantadas 216 escolas desse tipo nos 27 estados.