O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou uma nota, nesta quinta-feira (13/7), sobre as críticas feitas ao ministro Luís Roberto Barroso, em razão de declarações dele em um encontro da União Nacional dos Estudantes (Une) na Universidade de Brasília (UnB), na quarta-feira (12). Na ocasião, o magistrado disse "nós derrotamos o bolsonarismo" e gerou polêmica, pois foi acusado de usar o cargo para atuação política. Segundo a Corte, ele "se referiu ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição".
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'Derrotar o bolsonarismo': Barroso diz que foi mal interpretado por frase Lula sobre ministério que coordena Bolsa Família: 'É meu, não sai'Outros políticos e entidades também se manifestaram contrários às declarações de Barroso. A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que será apresentado um pedido de impeachment. "O ministro do STF e do TSE, Barroso, afirmou em evento da Une que venceu o Bolsonarismo. Em evento político partidário confessou que atuou contra uma força política. Gravíssimo! Nós, da oposição, entraremos com um pedido de impeachment", escreveu, via redes sociais.
O STF afirmou que apesar do que foi divulgado, tanto Barroso, quando o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) e o ministro da Justiça, Flávio Dino, que também estavam no evento, foram aplaudidos. "Todos eles participaram do Movimento Estudantil na sua juventude. Apesar do divulgado, os três foram muito aplaudidos. As vaias - que fazem parte da democracia - vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da Une", disse.
De acordo com a Suprema Corte, ao falar sobre derrota do Bolsonarismo, o ministro se referiu ao voto popular. "Como se extrai claramente do contexto da fala do Ministro Barroso, a frase 'Nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo' referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição", afirmou o tribunal.