O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar sobre a cobiça do Centrão em relação a alguns ministérios. O petista é relutante em entregar os principais cargos da sua esplanada em troca de apoio no Congresso Nacional, em especial o Ministério da Saúde e o do Desenvolvimento Social (MDS), responsável pelo programa Bolsa Família.
base do governo e facilitasse as votações de matérias importantes. Hoje, a pasta possui um orçamento de R$ 273 milhões e é responsável pelo principal benefício do governo federal, pago a quase 20 milhões de brasileiros.
Esse último foi cotado pelo Partido Progressistas (PP), sigla do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que integrasse a “Esse ministério é um ministério meu. Esse ministério não sai. Saúde não sai. Não é o partido que quer vir para o governo que pede ministério. É o governo que oferece o ministério. É só fazer uma inversão de valores que no momento certo nós vamos conversar”, disse o presidente em entrevista à "TV Record".
Atualmente, o Ministério do Desenvolvimento é chefiado por Wellington Dias (PT), muito próximo do presidente e um dos coordenadores da campanha presidencial, mas um dos nomes apontados para assumir é o deputado André Fufuca (PP-MA), aliado de Lira. A pasta é “cara” para o Partido dos Trabalhadores, muito ligado aos programas sociais do governo.
O Ministério da Saúde, outra pasta com capacidade de absorver cargos e que possui uma grande visibilidade, também foi cotado, mas Lula descartou ceder a posição da ministra Nísia Trindade. “Foi escolhida por mim e ficará até quando eu quiser”, afirmou o petista.