A vereadora de Belo Horizonte Flávia Borja (Progressistas) pediu, nesta quinta-feira (13/7), uma retratação pública do presidente da Câmara Municipal (CMBH), vereador Gabriel Azevedo (sem partido), pelas declarações contra ela depois do resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lagoa da Pampulha, na quarta-feira (12/7).
Vestida toda de preto, assim como aliados e opositores, Borja usou o tempo de liderança para exibir um vídeo com as declarações de Azevedo e fez um pronunciamento pedindo respeito à sua fé e ao seu trabalho.
Na sequência, o presidente da CMBH pediu para falar e se desculpou com Borja. "Eu nunca poderia ter ofendido a minha colega. Cabe apenas a minha retratação. Peço desculpas, como já fiz ontem. O tom não deveria ser usado por um cidadão, um vereador ou por alguém que ocupa a Presidência", declarou Azevedo.
As vereadoras de oposição Cida Falabella (Psol) e Iza Lourença (Psol) se solidarizaram com Borja e destacaram que nenhuma violência contra as mulheres pode ser aceita. "Estas atitudes nos afastam dos lugares de Poder", declarou Falabella.
Vereadores não votam relatório alternativo
Nessa quarta, a CPI não votou o relatório alternativo de Borja. Ao iniciar a reunião, o presidente da comissão, vereador Juliano Lopes (Agir), comunicou aos demais parlamentares que a vereadora retirou de pauta o relatório, não sendo possível apreciar o texto.