Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), alegou ter sido mal interpretado pela declaração sobre "derrotar o bolsonarismo". A fala ocorreu durante encontro da União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira (12/7). A fala gerou revolta em políticos bolsonaristas que querem apresentar um pedido de impeachment para que ele deixe o STF.
"Utilizei a expressão 'Derrotamos o Bolsonarismo', quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas", se justificou em nota.
Barroso afirmou, durante evento, que "nós derrotamos a censura. Nós derrotamos a tortura. Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas".
A fala foi vista como infeliz pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além de "inadequada e inoportuna". O político afirmou que, caso o pedido de impeachment chegue às mãos dele, será analisado.
"Havendo o pedido (de impeachment), naturalmente me caberá apreciar com toda a decência que se exige em uma apreciação dessa natureza", afirmou.