Jornal Estado de Minas

EDUCAÇÃO

Minas terá Bombeiros no lugar de Forças Armadas em escolas cívico-militares

A decisão do governador Romeu Zema (Novo) de manter as escolas cívico-militares em Minas Gerais causará uma mudança na instituição que faz a gestão compartilhada dessas instituições de ensino no estado. A partir de 2024, a administração conjunta será feita com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMM), em substituição às Forças Armadas, de âmbito federal.





 
Nessa quarta-feira (13/7), o governo federal havia anunciado o encerramento do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim). Após o anúncio de Zema, nas redes sociais, a Secretaria de Estado de Educação de Minas (SEE-MG) confirmou a manutenção do programa das escolas da rede estadual de ensino que estão no Pecim. 
 

"Segundo anúncio feito pelo governador Romeu Zema, as escolas cívico-militares do Estado serão mantidas em gestão compartilhada entre Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG)", diz a nota. A reportagem entrou em contato com a SEE-MG, que confirmou que a gestão compartilhada com os Bombeiros será a partir de 2024. De acordo com o Ministério da Educação, a mudança será gradual, "de forma a garantir a normalidade das ações educativas no restante deste ano letivo de 2023". 
 
O governo de Minas aderiu ao programa do Ministério da Educação em 2020. A rede estadual possui atualmente nove escolas no Pecim, que atendem, ao todo, 6 mil estudantes. Veja a lista das escolas no Pecim:
 
- Escola Estadual Assis Chateaubriand, em Belo Horizonte; 
- Escola Estadual Princesa Isabel, em Belo Horizonte; 
- Escola Estadual Padre José Maria de Man, em Contagem; 
- Escola Estadual Professora Lígia Maria Magalhães, em Contagem;
- Escola Estadual dos Palmares, em Ibirité; 
- Escola Estadual Wenceslau Braz, em Itajubá; 
- Escola Estadual Cônego Osvaldo Lustosa, em São João de Rei; 
- Escola Estadual Olímpia de Brito, em Três Corações;
- Escola Estadual Governador Bias Fortes, em Santos Dumont, em processo de implementação.  
 
De acordo com a SEE-MG, o CBMMG deve assumir tarefas complementares ao corpo docente das escolas, "fazendo parte da mesma equipe liderada pelo diretor escolar". "As equipes vão atuar fortemente nas dimensões afetiva, social, ética e simbólica, com foco no desenvolvimento humano global", complementa a pasta. A secretaria também afirma que as medidas do Pecim têm sido positivas, com a aprovação nas escolas aumentando para mais de 80% depois da implantação do programa.
 
Através das redes sociais Zema afirmou: "A tradição, a disciplina e o prestígio de uma das instituições mais respeitadas do mundo agora se unem ao trabalho de ensino dos mineiros. Aqui a educação é sempre prioridade". 
 
 
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Fábio Corrêa