O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a garantir que não troca a ministra da Saúde, Nísia Trindade, cujo cargo está na mira do centrão, nesta sexta-feira (14/7). O petista ressaltou que a escolha da chefia da pasta foi pessoal e é inegociável.
a Nísia não é ministra do Brasil, ela é minha ministra", disse o presidente durante o evento de sanção da lei do Mais Médicos.
“Tem pessoas e funções que são uma coisa da escolha pessoal do presidente da República. Eu já disse publicamente: Lula ainda criticou a extinção do programa durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "Era uma coisa tão importante para a sociedade que eu não imaginava que presidente qualquer pudesse simplesmente dizer que esse programa não vai mais acontecer, sem dizer o que ia colocar no lugar", afirmou.
Bolsonaro acabou com o programa em 2019, logo no primeiro ano de mandato, anunciando o substituto “Médicos pelo Brasil”, mas só anunciou a contratação de profissionais em 2022, após a passagem de três ministros da saúde e uma gestão conturbada da pandemia de Covid-19. Na época, o ex-presidente chegou a dizer que o salário dos médicos contratados no programa criado por Dilma Rousseff (PT) era desviado para Fidel Castro.
Com o retorno do programa, o Ministério da Saúde espera contratar 15 mil novos médicos até o final de 2023, chegando ao número de 28 mil profissionais. O Mais Médicos deve impactar o acesso à saúde de mais de 96 milhões de brasileiros.