O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a medida do Ministério da Educação (MEC) em acabar com o programa de escolas cívico-militares. Durante evento no Palácio do Planalto, nesta sexta-feira (14/7), o petista afirmou que não cabe ao governo cuidar da implementação e gestão das unidades.
O Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim) foi criado pela gestão de Jair Bolsonaro (PL), como uma das principais medidas na educação, mas Lula afirma que o governo precisa garantir uma educação “civil e igual” para os estudantes.
“Ainda ontem, o Camilo (ministro da Educação) anunciou o fim do ensino cívico-militar. Sabe por que? Não é obrigação do MEC cuidar disso. Se cada estado quiser criar, que crie. Se cada estado quiser continuar pagando, que continue. O MEC tem que garantir a educação civil, igual para todo e qualquer filho de brasileiro ou brasileira", afirmou Lula.
O programa permitia a transformação de escolas públicas no modelo cívico-militar, onde educadores civis eram responsáveis pela parte pedagógica, enquanto a gestão administrativa era de militares. No entanto, o país possui cerca de apenas 200 escolas, de acordo com dados divulgados pelo MEC. O número de instituições representa apenas 0,1% do total de escolas públicas no Brasil, mas em 2022 a verba prevista para o Pecim chegava a mais de R$ 60 milhões.
O fim do programa na Gestão Lula causou um debate ideológico nas redes sociais. O senador Hamilton Mourão, ex-vice-presidente, chamou a medida de “revanchista” e criticou o petista.
“Essa gente tira das crianças a maior riqueza, um ensino de qualidade”, disse.