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Estado de Minas TRAMA DE SENADOR

Marcos Do Val terá que prestar novo depoimento à PF sobre trama golpista

Plano envolvia gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de anular as eleições de 2022


14/07/2023 19:14 - atualizado 14/07/2023 19:26
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Marcos do Val
Bolsonaro foi ouvido pela PF na quarta-feira (12/7) e negou trama golpista (foto: Pedro França/Agência Senado)
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) terá que prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quarta-feira (19/7), em uma investigação que apura uma suposta trama golpista que envolvia o ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-deputado federal Daniel Silveira.

Nessa quarta-feira (12/7), Bolsonaro negou que tenha tratado de algum esquema com o parlamentar. Em fevereiro, Do Val chegou a acusar o ex-presidente e o ex-deputado de propor a participação em um plano golpista que envolveria colocar escutas ilegais no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Na época, Do Val afirmou que participou de uma reunião com os dois políticos no dia 8 de dezembro. “Nada foi tratado. Por que isso tomou volume? Porque no início do ano houve uma live do Marcos Do Val falando que teria uma “bomba” que seria publicada na Revista Veja. Na mesma manhã ele se retratou e falou que não tinha nenhuma bomba”, disse Bolsonaro.

Ao gravar o ministro Moraes, o plano tinha como objetivo obter provas para anular o resultado das eleições presidenciais de 2022. O esquema rendeu um inquérito contra o senador, e em junho ele viu a PF cumprir mandados de busca e apreensão no seu gabinete em Brasília e no Espírito Santo.

Ao longo do ano, Do Val apresentou diversas versões sobre o encontro com Bolsonaro e Silveira, “revezando” a atribuição do encontro golpista entre os dois políticos. Em um momento ele disse que o ex-presidente “ouviu tudo e ficou calado”, em outro que ele teria disponibilizado o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para o plano.

Do Val já prestou depoimento à PF e agora afirma que a versão oficial foi dada aos agentes. Segundo ele, as outras versões eram “estratégia de persuasão” contra a imprensa.


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