Um dos suspeitos de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (14/7), no aeroporto de Roma, na Itália, o empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, disse aguardar a intimação da Polícia Federal (PF) para que ele preste esclarecimentos sobre o caso.
Mantovani Filho chegou ao Brasil na madrugada deste sábado (15/7). Ele estava acompanhado dos dois netos, de 4 e 2 anos, ao ser questionado pela PF sobre a participação na hostilidade ao ministro. O empresário, no entanto, alegou o fator familiar para não detalhar o ocorrido com o magistrado.
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Embora Roberto Mantovani Filho negue ter falado com Moraes, a PF apura que ele, a esposa e o genro são suspeitos de hostilizar Alexandre de Moraes e a família do ministro no aeroporto da capital italiana. Os agentes investigam ainda se houve agressão a um dos filhos do ministro. Questionado sobre essa suspeita, o empresário preferiu não comentar.
"Isso aí a polícia não perguntou nada a respeito, por isso eu prefiro aguardar para saber do que estou sendo acusado, se minha família sendo acusada de algo", afirmou, na entrevista à Folha.
Agressão
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália. O episódio ocorreu por volta das 18h45 (horário local), na sexta, enquanto Moraes estava acompanhado da família, retornando da Universidade de Siena, onde participou do Fórum Internacional de Direito.
A PF identificou os suspeitos de agressão. A esposa do empresário, Andréia Mantovani Filho, é suspeita de xingar o magistrado de “bandido, comunista e comprado”. Roberto Mantovani Filho é suspeito de agredir fisicamente o ministro. Outro brasileiro, identificado como Alex Zanatta, é suspeito de xingar Alexandre de Moraes com palavrões.
O grupo de agressores e Moraes e sua família seguiram para destinos diferentes. Enquanto o trio retornava ao país, o ministro do Supremo prosseguiu para um outro país na Europa.
O trio responderá em liberdade por crime contra honra e ameaça. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entrou em contato para se solidarizar ao ministro, após o ataque. O Supremo afirmou que não comentará o caso, mas autoridades políticas repercutiram o episódio.