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Estado de Minas TROCA DE FARPAS

Dallagnol rebate Gilmar Mendes e diz preferir igreja a proteção de corrupto

O deputado cassado acusa o ministro do STF de intolerância religiosa. Mendes ironizou a 'chuva de Pix' que Dallagnol afirma ter recebido após deixar a Câmara


16/07/2023 19:59 - atualizado 16/07/2023 21:30
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Deputado cassado, Deltan Dallagnol, em discurso na Câmara
Dallagnol afirma que o ministro do STF ofende os cristãos, as instituições religiosas e todos os brasileiros 'que apoiam o combate à corrupção' (foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) rebateu neste domingo (16/7) fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes deste sábado (15/7), dizendo que o ex-parlamentar, removido da Câmara dos Deputados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já pode fundar uma igreja.

 

 

Deltan publicou a resposta nas redes sociais, disse que o magistrado ofende os cristãos, as instituições religiosas e todos os brasileiros "que apoiam o combate à corrupção", e classificou a fala de Gilmar como um ato de intolerância religiosa.

 

 

"É triste ver um ministro do Supremo chegar a um nível tão baixo a ponto de atacar a fé das pessoas, em um ato de intolerância religiosa tão desprezível. Talvez, por não viver o amor de Deus, ele não consiga entender o que é uma demonstração de amor, fé e compaixão dos milhares de brasileiros que foram solidários naquela ocasião. E respondendo sua tosca provocação: eu prefiro fundar uma igreja do que fundar um clube de proteção aos mais corruptos e criminosos do Brasil", tuitou o ex-coordenador da Operação Lava Jato.

 

Gilmar ironizou a "chuva de Pix" que Deltan afirma ter recebido após deixar a Câmara em evento do grupo Prerrogativas para homenagem ao ex-ministro da corte Sepúlveda Pertence, morto no início do mês aos 85 anos.

 

O jurista também fez críticas à Lava Jato, encerrada em 2021, e afirmou ser necessário repensar o modelo atual de atuação do Ministério Público e na Justiça brasileira. "Vamos organizar uma fuga para frente, vamos salvar o Judiciário desse grande escândalo", reiterou.

 

"O Ministério Público continua sendo uma instituição extremamente importante. O combate à corrupção no Brasil é fundamental. Agora, não acreditem que são o quarto Poder, porque não são. Não queiram ter papel de auxiliar do sistema político-partidário, porque não é esse o seu papel."

 


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