Lisboa — O Brasil vai trabalhar duro para que o acordo entre o Mercosul e a União Europeia saia ainda este ano, depois de duas décadas de negociação, mas desde que os dois lados ganhem. Mais do que isso, é preciso respeito de todas as partes. O recado foi dado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Bruxelas, durante a abertura da reunião de cúpula entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac).
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Para o líder brasileiro, não se pode ameaçar parceiros. Na tentativa de aparar as arestas, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que é possível superar todos os entraves para que o tratado comercial seja assinado até o fim do ano.
Ao mesmo tempo, ministro das relações exteriores dos países do Mercosul se reuniram para fechar posição. No entender do presidente brasileiro, a defesa de valores ambientais, compartilhada por todos, não pode ser desculpa para o protecionismo. Além disso, acrescentou, o poder de compra do Estado é uma ferramenta essencial para os investimentos em saúde, educação e inovação.
Sua manutenção, portanto, é condição para a industrialização verde que todos querem levar adiante. “Proteger a Amazônia é uma obrigação. Vamos eliminar seu desmatamento até 2030. Mas a floresta tropical não pode ser vista apenas como um santuário ecológico”, frisou.
Sua manutenção, portanto, é condição para a industrialização verde que todos querem levar adiante. “Proteger a Amazônia é uma obrigação. Vamos eliminar seu desmatamento até 2030. Mas a floresta tropical não pode ser vista apenas como um santuário ecológico”, frisou.
Segundo Lula, o desenvolvimento sustentável possui três dimensões inseparáveis: a econômica, a social e a ambiental. “O mundo precisa se preocupar com o direito de viver bem dos habitantes da Amazônia. É com esse objetivo que sediaremos em menos de um mês uma Cúpula de Países Amazônicos, em Belém, no coração da floresta”, destacou.
As ameaças de punição aos países do Mercosul em caso de desmatamento foram lideradas, sobretudo, pela França, que teme a competição do agronegócio brasileiro.
As ameaças de punição aos países do Mercosul em caso de desmatamento foram lideradas, sobretudo, pela França, que teme a competição do agronegócio brasileiro.