O empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta terça-feira (18/7), em Piracicaba-SP, e negou ter agredido o filho do magistrado no aeroporto de Roma. Ele afirma ter havido apenas reagido a ofensas e “afastado” uma pessoa.
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Centrão assume ministério de Lula sob dependência de emendas do CongressoMoro sobre ação que pode cassá-lo: 'PT age à moda venezuelana'Confiança no presidente entre evangélicos era maior na gestão BolsonaroPF faz busca na casa de suspeitos de hostilizar Alexandre de MoraesPrefeitura aciona Justiça contra nova CPI da PampulhaLula sobre as alegrias dos ricos: 'Tomar dinheiro emprestado e não pagar'Lula sobre mudança climática: 'Tem muita fala da boca para fora'Roberto também chegou admitir que aconteceu um “entrevero” com um “jovem” que estava no local, mas não sabia que era um familiar de Moraes, tomando conhecimento apenas quando foi abordado pela PF. “O contato que houve relativamente ao ministro Alexandre foi visual e em um segundo momento um contato pessoal, quando ele foi tirar o filho de uma área externa”, pontua o advogado.
“Ele (Roberto Montovani) nega ter havido um empurrão. Ele diz que em razão de ofensas que eram proferidas contra sua esposa, ele “afastou” essa pessoa. Eram ofensas bastante pesadas, muito desrespeitosas. Posteriormente, teria sido dito a eles que se tratava do filho do ministro Alexandre de Moraes, mas é algo que não sei dizer se de fato é filho dele”, completou Ralph Tórtima.
Segundo o advogado, o casal estava passando pela sala vip do aeroporto, mas não presenciou o ministro sendo hostilizado. Pessoas teriam filmado Moraes, mas o contato teria sido por questões de segundos, sem troca de palavras.
Relembre o caso
O ministro Alexandre de Moraes voltava de uma palestra na Universidade de Siena, na sexta-feira (14/7), na cidade da região da Toscana, quando foi alvo de hostilidades de um grupo. Os suspeitos foram abordados pela PF ao desembarcar no Brasil, para uma avaliação preliminar da situação.
Em seguida, teve início a coleta de materiais que pudessem embasar as investigações. Um acordo entre Brasil e Itália prevê a cooperação. Os suspeitos podem ser acusados de injúria, calúnia, difamação e por ameaça contra o Estado Democrático de Direito.
Os suspeitos são Roberto Mantovani Filho e a mulher, Andréia Munarão, e o genro, Alex Zannata.