O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou nessa terça-feira (18/7) que a entrada do PP e do Republicanos em ministérios “está consolidada”. Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se encontrou com André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), nomes indicados pelo Centrão para ocupar postos na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“A tese de incorporar esses partidos no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa (André Fufuca e Silvio Costa Filho), que foram indicações dos partidos”, afirmou Guimarães, após a reunião.
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“O presidente não bateu o martelo. Não deliberou nada, qual o tamanho, para onde. Cabe ao presidente, que está com todas as fichas do jogo, com base no diagnóstico, fazer as mudanças e indicar quem ele quiser. Não cabe a nós”.
O líder do governo não quis arriscar quantos votos as indicações podem trazer para pautas de interesse do governo na Câmara ou quando estas mudanças ocorrerão.
“Nós temos um governo de uma frente ampla. Um governo que tem uma composição majoritária do campo, digamos assim, da esquerda e do PT, e dos demais partidos que participaram da aliança inicial com o presidente Lula e que precisamos incorporar outros atores ao governo. Caberá ao presidente, com essa dimensão, fazer as mudanças que ele achar convenientes”, comentou.
As siglas demonstram interesse em pastas já alertadas por Lula como “introcáveis”. O PP quer que Fufuca vá para o Ministério do Desenvolvimento Social, responsável, entre outras iniciativas, pelo Bolsa Família. Um dos maiores orçamentos da Esplanada, a pasta é ocupada pelo petista Wellington Dias. O Republicanos, por sua vez, almeja Costa Filho no Esporte, chefiado por Ana Moser.
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“Em política tudo tem solução. O nada é que não é solução. Eu acredito que dará certo”, ponderou Guimarães. “O Silvio sempre foi um parlamentar que apoiou o Lula desde o primeiro turno. É um parceiro permanente do governo. Ele vindo para o ministério, qualquer que seja, acho que é uma boa para o governo”.