O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a prisão preventiva de Antonio Claudio Alves Ferreira, filmado no 8 de janeiro jogando no chão, dentro do Palácio do Planalto, um relógio do século XVII que foi trazido ao Brasil por Dom João VI.
A restrição da liberdade do vândalo, segundo o ministro, é “medida imprescindível também para a identificação das demais pessoas que participaram dos atos criminosos ocorridos na Esplanada dos Ministérios em 8/1/2023, de eventuais grupos e/ou redes sociais nas quais houve convocação, disseminação e fomento a tais práticas, e, principalmente, dos financiadores da participação do denunciado e demais acusados nos atos terroristas, considerando que ainda há diligências investigativas em curso”.
8 de janeiro
Identificado em vídeo em meados de janeiro, Ferreira foi preso no fim do mês, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e se tornou réu em inquérito do Supremo que apura os atos golpistas do 8 de janeiro, em que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram os prédios-sede do STF, Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
No fim de junho, o Supremo aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). O acusado se manteve calado durante depoimento à Polícia Federal (PF).