Zeca Dirceu ainda citou a negociação no segundo escalão do governo. "Temos secretarias de segundo escalão dentro dos ministérios, diretorias estatais, um conjunto de cargos que são legítimos, e que acontece em todos os estados do Brasil e outros países do mundo, que esses partidos venham a ocupar", afirmou.
O filho do ex-ministro José Dirceu (PT) ressaltou que a decisão sobre os ministérios é do presidente Lula e disse que o governo se reúne constantemente com líderes partidários: "Vejo neles [líderes] que não há uma agonia, no sentido de que tem que ser tal cargo ou nada feito. Todo mundo está disponível ao diálogo."
Centrão
Pressionado por mais cargos no primeiro escalão, o governo Lula não descarta fazer trocas de partidos aliados, como PCdoB e PSB, na Esplanada dos Ministérios para acomodar o centrão.
Sem maioria, o governo tem avaliado que sai em desvantagem toda vez que tem de recorrer às emendas para aprovar projetos importantes no Congresso. Para resolver, já tem aberto a torneira no segundo escalão e, internamente, não nega realocar indicações ministeriais.
Entre as "vagas" debatidas, Lula tem negado pessoalmente as pastas da Saúde e do Esporte, ocupadas por duas mulheres das respectivas áreas, sem influência partidária, e do Desenvolvimento Social, liderada por um petista.