A ex-presidente e atual presidente do Banco dos Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, Dilma Rousseff (PT), recorreu no processo em que apresentou uma queixa-crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No caso, Dilma acusa Bolsonaro de ter cometido injúria ao compartilhar um vídeo em que Bolsonaro teria comparado a petista a uma “cafetina”.
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Com isso, o magistrado abriu a possibilidade de ambas as partes poderem recorrer da decisão. Dilma, por meio de seus advogados, apresentou recurso. O caso, agora, está na 2° Turma Recursal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT).
O caso
Nesse processo, a defesa de Dilma diz que Bolsonaro compartilhou um vídeo dele, de 2014, em que Bolsonaro, no púlpito da Câmara dos Deputados. Na época, Dilma sofria com um processo de impeachment.
“Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff”, disse Bolsonaro, aos deputados.
Apesar da declaração de Bolsonaro ter ocorrido em 2014, quando era deputado, o ex-presidente repercutiu o vídeo em agosto de 2019, quando já exercia a função de presidente. No post do Twitter, Bolsonaro convidada os apoiadores para acompanhar as tradicionais lives de quinta-feiras, e que falaria sobre “a MP tirou R$ 1 bilhão dos grandes jornais, o roubo de ouro em SP e a verdade sobre o nosso "OURO DOS TOLOS"”.
O caso tramita inicialmente no Supremo Tribunal Federal (STF), mas o ministro Luiz Fux — relator do processo — declinou da competência de julgar, porque Bolsonaro perdeu o foro privilegiado em 1° de janeiro, após perder as eleições de outubro do ano passado.