A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-RJ), comentou a denúncia de que Deltan Dallagnol teria negociado o acordo para dividir o dinheiro que seria cobrado da Petrobras em multas e penalidades em razão na Operação Lava-Jato, em sigilo com autoridades dos Estados Unidos.
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MP investiga suposto esquema de corrupção envolvendo eventos em ItapecericaEduardo Leite aciona MP contra Jean Wyllys por homofobiaPrefeito faz acordo de R$ 124 mil para escapar de condenaçãoLula se reúne com Dino para definir o novo decreto de armas“É mais um dos desmandos da Lava-Jato, que feriu o Estado de direito e a democracia brasileira com o ex-juiz parcial no comando. E é claro que ele sabia desse acordão, pois, como já vimos, tudo era acertado com o russo. Quem bajula Moro e cia, contribuindo com o bolsonarismo, devia estar agora com muita vergonha”, ressaltou a petista.
De acordo com a denúncia do UOL, procuradores suíços e brasileiros conversaram por mais de três anos pelo Telegram, e as conversas não eram registradas oficialmente. Os diálogos aconteciam por causa do papel das autoridades europeias, na busca, confisco e detalhamento das contas usadas como destino das propinas investigadas na operação.
Dallagnol afirma que o sigilo era usado para preservar os interesses da investigação e da recuperação de ativos. “Assim como promover, na forma e tempo apropriado de acordo com a lei das sociedades anônimas, a divulgação de informações ao mercado”, disse.
As mensagens foram enviadas em 2016. Dois anos depois, a Petrobras fecharia um acordo com os EUA, aceitando pagar uma multa de US$ 853,2 milhões para não ser processada e encerrar o escândalo da Lava-Jato. O acordo garantiu que 80% do valor fosse recebido pelas autoridades brasileiras.