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Estado de Minas LAVA JATO

Gleisi sobre denúncia contra Dallagnol: 'Mais um desmando da Lava-Jato'

Reportagem do UOL revelou que Dallagnol negociou um acordo sobre as multas e penalidades da Petrobras com os Estados Unidos de forma sigilosa


20/07/2023 14:14 - atualizado 20/07/2023 14:23
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Gleisi Hoffmann
Gleisi diz que a Lava Jato feriu o estado de direito e a democracia brasileira (foto: Câmara dos Deputados/Reprodução)
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-RJ), comentou a denúncia de que Deltan Dallagnol teria negociado o acordo para dividir o dinheiro que seria cobrado da Petrobras em multas e penalidades em razão na Operação Lava-Jato, em sigilo com autoridades dos Estados Unidos.

As conversas do ex-procurador e ex-coordenador da força-tarefa de Curitiba foram compartilhadas por reportagem do UOL e obtidas em documentos da Operação Spoofing, que investiga mensagens trocadas entre autoridades da Lava-Jato obtidas por hackers, em caso que ficou conhecido como Vaza-Jato.

“É mais um dos desmandos da Lava-Jato, que feriu o Estado de direito e a democracia brasileira com o ex-juiz parcial no comando. E é claro que ele sabia desse acordão, pois, como já vimos, tudo era acertado com o russo. Quem bajula Moro e cia, contribuindo com o bolsonarismo, devia estar agora com muita vergonha”, ressaltou a petista.

De acordo com a denúncia do UOL, procuradores suíços e brasileiros conversaram por mais de três anos pelo Telegram, e as conversas não eram registradas oficialmente. Os diálogos aconteciam por causa do papel das autoridades europeias, na busca, confisco e detalhamento das contas usadas como destino das propinas investigadas na operação. 

Dallagnol afirma que o sigilo era usado para preservar os interesses da investigação e da recuperação de ativos. “Assim como promover, na forma e tempo apropriado de acordo com a lei das sociedades anônimas, a divulgação de informações ao mercado”, disse.

As mensagens foram enviadas em 2016. Dois anos depois, a Petrobras fecharia um acordo com os EUA, aceitando pagar uma multa de US$ 853,2 milhões para não ser processada e encerrar o escândalo da Lava-Jato. O acordo garantiu que 80% do valor fosse recebido pelas autoridades brasileiras. 


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