O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados no início deste mês de julho. Pelas redes sociais, ele afirmou que o Imposto Seletivo (IS), que define uma alíquota diferenciada para produtos que sejam prejudiciais à saúde e ao planeta, pode prejudicar o agronegócio.
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Na época, a reforma já estava tramitando na Câmara dos Deputados por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, mas Bolsonaro e Guedes decidiram não embarcar na discussão. O ex-ministro justificava dizendo que reformas dependiam do momento político vivido no país.
Os detalhes como o valor das alíquotas e outros termos da reforma devem ser definidos por meio de Projeto de Lei Complementar (PLC), que precisa de aprovação de deputados e senadores. Isso ocorre porque a mudança no sistema só é feita por uma PEC, que tem um processo mais complexo e demorado para ser alterado.
Bolsonaro também pontuou a ausência de uma alíquota base ou detalhes da divisão de impostos entre o governo, estados e municípios, como termos obscuros. Ele ainda ironizou uma fala de Lula sobre a Venezuela, no qual o petista diz que o conceito de democracia é "relativo".
O ex-presidente embarcou em uma campanha contra a reforma tributária, mas acabou expondo um racha no Partido Liberal (PL), já que deputados menos radicais aderiram ao projeto. Aliados como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) também entraram em rota de colisão com o ex-presidente.