Segundo o ministro, os clubes de tiro cresceram sem nenhuma regulamentação nos últimos anos. Dessa forma, muitos serviram para desviar armas para o mercado ilegal.
Leia Mais
Mala abandonada no Ministério de Alckmin mobiliza operação antibombaDiretório do PT-BH define estratégias para as eleições municipais de 2024Lula faz trocas em cargos das Forças Armadas e promove oficiaisBolsonaro sobre Dino: 'Cupincha do descondenado'Rosa Weber participa do Mutirão Carcerário em BH nesta quinta-feira
"O presidente tem alertado para separar o joio do trigo. Quem é colecionador de verdade, caçador, atirador esportivo muito bem, uma atividade legítima. Agora, o presidente deu essa diretriz e vamos cumprir para intensificar a fiscalização de clube de tiro e, aqueles que não cumprem a lei, obviamente serão fechados", acrescentou.
A declaração foi dada um dia depois de o presidente Lula (PT) dizer que pretende fechar todos os clubes de tiro do país e deixar aberto apenas espaços desta natureza que são das polícias Militar e Civil ou do Exército.
"Eu, sinceramente, não acho que um empresário que tem um lugar para praticar tiro é um empresário. Eu, sinceramente, não acho. Eu já disse para o Flávio Dino : nós temos que fechar quase todos, só deixar aberto aqueles que são da Polícia Militar, do Exército ou da Polícia Civil", afirmou o presidente em live nas redes sociais.
O decreto de Lula cria mais restrições para o acesso a armas no país, revertendo a política de crescente flexibilização observada ao longo da gestão Bolsonaro.
O decreto passa para a PF (Polícia Federal) a responsabilidade sobre a fiscalização dos chamados CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Até então, essa atribuição ficava com o Exército.
Outra mudança é a significativa redução do limite de armas por pessoa. Sob Bolsonaro, um atirador podia ter até 60 unidades (sendo 30 classificadas como de uso restrito das forças de segurança e Forças Armadas). Agora, o número cai para 16 (sendo 4 de uso restrito).
O presidente do Proarmas, o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), chamou de "decreto da calamidade" as novas normas de acesso a armas no pais, que foram divulgadas na sexta (21) pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar disse que espera derrubar as novas regras no Congresso. Para isso, pretende pedir apoio para a bancada ruralista.