A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o governo precisa fazer um corte de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. Os dois políticos se reuniram nesta quinta-feira (27/7) para tratar o assunto.
"Tenho a tarefa ainda mais árdua, que é tentar mostrar para o ministro Haddad que nós tivemos que fazer um corte de R$ 2,6 bilhões no ministério dele. Óbvio que ele já sabe, ele participou da Junta (Execução Orçamentária). Agora, vamos expressar os números e mostrar a necessidade dessa retirada ainda que parcial do Ministério da Fazenda", pontuou Tebet.
A ministra afirma que o corte representa algo em torno de 34% a 36% das despesas da Fazenda e do Planejamento, que geralmente atuam em conjunto na formulação de políticas fiscais. A redução ocorreu devido ao acréscimo de outras despesas previstas no novo arcabouço fiscal, como o piso da enfermagem.
Hoje, a Fazenda possui sete secretarias, incluindo a Receita Federal e o Tesouro Nacional. A pasta também é responsável por duas autarquias: Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O ministério também gere a Caixa Econômica Federal, a Casa da Moeda do Brasil (CMB), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), a Empresa Gestora de Ativos (Emgea) e a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF).
“Nós tivemos um espaço fiscal menor, em vez de tirar de políticas públicas, nós tiramos dos nossos discricionários. No geral, quando você pega as despesas obrigatórias e as discricionárias, o corte do Ministério da Fazenda ficou em menos de 1%”, disse Tebet.