Jornal Estado de Minas

LUIZ MARINHO

Ministro sugere 'psiquiatra' a Campos Neto caso taxa de juros não caia

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, criticou a alta taxa de juros do Brasil e falou de tratamento "psiquiátrico" para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, caso o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não reduza os juros na próxima reunião. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual desde 2016. 





O ministro disse ainda que, se a taxa não baixar, é necessário que o Senado interfira na autoridade monetária para "observar o que está acontecendo". 

"Eu espero que baixe , que há uma sensatez. Não acreditamos, ninguém acredita na possibilidade de o Banco Central não iniciar um processo de redução de juros", disse o ministro.

"Se isso ocorrer, uma situação bastante grave, necessitaria da autoridade responsável tomada de providência, no caso o Senado da República, pautar esse assunto para observar o que está acontecendo, se contrata um psiquiatra, o que a gente faz com o cidadão", completou Luiz Marinho, sem citar o nome de Roberto Campos Neto. 
Desde o início do mandato, integrantes do governo Lula têm criticado fortemente a alta na taxa de juros. A expectativa do presidente Lula (PT) e dos ministros governo era que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, participasse de um esforço em conjunto para superar os problemas econômicos atuais do país. 
No entanto, mesmo com a pressão do governo para reduzir a taxa de juros, o índice segue o mesmo.