De acordo com documentos obtidos pelo jornal O Globo, o relatório aponta que o aporte foi feito em títulos de CDB e RDB. A valorização neste tipo de investimento está vinculada à taxa básica de juros (Selic), a qual está fixada em 13,75% ao ano.
Segundo o Coaf, só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix que totalizaram R$ 17.196.005,80. O montante corresponde a quase todo o valor movimentado por Bolsonaro no período, de R$ 18.498.532.
O Coaf afirma que as transações "atípicas" podem ter relação com a campanha de doações organizada em junho para o pagamento de multas.
Em nota, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro disse que os valores repassados via Pix "são provenientes de milhares de doações" feitas por apoiadores de Bolsonaro. "Tendo, portanto, origem absolutamente lícita".
Os advogados também afirmaram que vão tomar "providências criminais cabíveis para apuração da autoria da divulgação de tais informações", pois o vazamento e divulgação dos depósitos via Pix realizados ao ex-presidente "consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário".