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Estado de Minas CPMI DO 8/1

Bolsonaro sobre CPMI: 'Governo está interessado que não se apure nada'

Ex-presidente disse que o objetivo do governo com a CPMI é manter a 'narrativa de golpe'. Ele alega que os detidos pelo 8 de janeiro estão presos injustamente


29/07/2023 14:00 - atualizado 29/07/2023 18:46
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Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro diz que envolvidos no 8 de janeiro eram cidadãos bem-intencionados (foto: Sergio Lima / AFP)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o governo Lula (PT) não tem interesse em apurar seriamente os atos golpistas com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro. Para o ex-chefe do Executivo, o governo quer continuar com a "narrativa de golpe", enquanto rejeita requerimentos importantes na comissão.

"Falam muito em achar os financiadores das manifestações, quem paga a conta... Mas, quando um requerimento da CPMI pedindo as listas de hospedagem dos hotéis de Brasília depois dos atos de 8 de janeiro é rejeitado, você percebe que algo está errado. Aí você vê que o governo está extremamente interessado que não se apure nada. Ele quer que continue essa narrativa de golpe. A gente sabe que o pessoal quer chegar a mim", afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista a Crusoé, publicada nessa sexta-feira (28/7).

Para o ex-presidente, os invasores das sedes dos Três Poderes erraram ao invadir o Parlamento. Porém, segundo ele, a maioria dos envolvidos nos atos golpistas era composta por pessoas "bem-intencionadas". E diz ainda que o governo não quer "buscar a verdade", pois mantém pessoas presas injustamente.
"Não era para terem entrado. Os acampamentos já estavam se esvaindo. Nos mais de 100 ônibus que foram para a capital, a grande maioria era bem-intencionada. Se a vontade de buscar a verdade viesse a prevalecer, você rapidamente já teria colocado em liberdade as pessoas que estão presas", disparou. 
"Quase toda semana recebo vídeos de crianças com pais presos. Sem motivo aparente, até porque ninguém vai dar golpe em um domingo, com cadeira vazia, desarmado e sem uma pessoa para coordenar isso daí. O próprio ministro da Defesa, José Múcio, disse que no 8 de janeiro não existiu uma pessoa central. E que quem fez o quebra-quebra não estava no acampamento", completou. 


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