Sem citar nominalmente os ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB), que comandaram o país de 2016 até 2022, Lula afirma que os problemas causados na educação o motivaram a disputar a Presidência da República pela terceira vez.
“Eu olhava para aquelas crianças e adolescentes e pensava em quantos talentos desperdiçados, em quantos futuros comprometidos havia ali, pela falta de estudo e pela falta de oportunidades. Aquelas crianças e aqueles adolescentes simbolizavam o descaso e o abandono a que foi submetido o povo brasileiro nos últimos seis anos”, disse Lula.
Lula também defende tratar a educação como uma das principais prioridades do país, como um fator de desenvolvimento. O projeto das escolas em tempo integral, coordenado pelo Ministério da Educação (MEC) é um mecanismo de fomento que busca viabilizar uma política de pactuação entre União, Estados e Municípios para alcançar a meta 6 do do Plano Nacional de Educação (PNE), criado em 2014 ainda no governo de Dilma Rousseff (PT).
A meta estabelece a oferta de “educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% dos(as) alunos(as) da educação básica”. O MEC espera, já em 2023, 1 milhão de matrículas na modalidade, ao mesmo tempo que faz um investimento de R$ 4 bilhões.
Um relatório sobre o Monitoramento das Metas do PNE 2022 mostra que o percentual de matrículas no tempo integral caiu de 17,6%, em 2014, para 15,1%, em 2021.