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Estado de Minas DESAFETOS POLÍTICOS

Lula diz que imprensa se enganou com Moro e Dallagnol na época da Lava-Jato

Presidente disse que a sociedade acreditava no juiz e no procurador da Lava-Jato de forma "unânime" e cita a influência dos meios de comunicação


01/08/2023 10:40 - atualizado 01/08/2023 11:04
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a imprensa brasileira se enganou com o ex-juiz federal, hoje senador, Sergio Moro (União-PR) e o ex-procurador da Lava-Jato Deltan Dallagnol na época da operação. A declaração foi dada no podcast 'Conversa com o Presidente', desta terça-feira (1º/8), ao comentar algumas notícias que falam sobre sua relação com o Congresso Nacional.

Na live, Lula respondia sobre as articulações com o Centrão e a entrada dos partidos na estrutura do governo. Na ocasião, o petista disse que parte da imprensa tem noticiado a sua relação com o Congresso Nacional sem apresentar fontes. Ao falar sobre a sua relação com o Legislativo, Lula afirmou que não faz política "dando que se recebe", mas sim de acordos políticos. O petista afirmou que vai conversar com os partidos agora, com o retorno do recesso parlamentar, para definir as próximas mudanças no governo. 

"As vezes a imprensa contribui para o bem e contribui pro mal. Na época da Lava Jato, um grande setor da imprensa, se deixou enganar pelo Moro e pelo Ministério Público, e eles não tem coragem de reconhecer que se enganaram, então eles vão continuar contando a mesma história", disse.

"Eu vejo noticiário todo dia, eu vejo coisas que as pessoas falam que eu fiz, que eu não fiz. Às vezes as pessoas inventam conversas que não teve. E quando as pessoas não têm, o que falar, elas falam: 'segundo fontes... segundo pessoas ao redor do Lula'. Olha, se não tem informação, diga que não tem informação. A minha relação com o Congresso é a melhor possível. Eu não vou fazer política 'dando que se recebe', como alguns pensam. Eu vou fazer um acordo político de governabilidade para esse país", completou. 

Lula também disse que não conversa com o "Centrão", pois, para ele, o Centrão é apenas uma "construção teórica". "O que existe para mim são partidos políticos, e eu vou conversar com os partidos e vou tentar compor para que tenha tranquilidade nesse país. Eu tenho que governar esse país ate 31 de dezembro de 2026, eu quero integrar esse país pronto. Eu tenho que compor as forças políticas para que votem as coisas que nós queremos mandar para o Congresso de interesse do Brasil", declarou. 

O presidente também afirmou que está otimista em relação às propostas que serão discutidas na Câmara dos Deputados e no Senado. "Estou convencido, pelas conversas que eu tenho tido, inclusive com o presidente [Arthur] Lira e com o presidente [Rodrigo] Pacheco, na Câmara e no Senado, que as coisas vão ser votadas naturalmente, com o tempo do Congresso Nacional, não de acordo com o meu tempo. E a gente vai construir aquilo que o povo brasileiro precisa", disse.
 

Críticas a Moro e Dallagnol

Em outro momento da live, ao debater sobre o próximo nome para a Procuradoria-Geral da República, Lula disse que o Ministério Público era uma das instituições que ele mais "idolatrava" no país. No entanto, a confiança do petista em relação ao órgão público mudou após os trabalhos de Dallagnol como coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato. 

"Eu sempre tive o maior respeito pelo Ministério Público, era uma das instituições que idolatrava neste país. Depois dessa quadrilha que o Dallagnol montou eu perdi muita confiança. É um banco de aloprado, ou seja, que acharam que poderiam tomar o poder, saíram atacando todo mundo ao mesmo tempo, atacando o Governo, o Poder Executivo, o Legislativo, a Suprema Corte", disparou Lula contra o desafeto político. 

Para o presidente, na época da Lava-Jato, o então juiz federal Sergio Moro e Dallagnol estabeleceram uma "espécie de pacto" que convenceu toda a sociedade que todas as acusações contra os envolvidos na Operação Lava-Jato eram verdadeiras. "A sociedade embarcou através dos meios de comunicação. Era uma coisa unânime. Tinham pessoas que eram tão importantes nesse país e viraram pó. Muitas empresas importantes se destruíram." 


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