O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusou a relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de vazar o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a conta do antigo chefe do Palácio do Planalto.
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Segundo Flávio, as informações das contas do pai fogem ao escopo temporal de investigação da CPMI e o presidente do Coaf deveria ser convocado pelo colegiado. “Será que alguém coagiu o presidente do Coaf a enviar isso aqui (dados de Bolsonaro) fora do escopo? Temos que apurar os crimes cometidos aqui na CPMI de quem vazou esses documentos”, disse o senador.
"Com todo o respeito, senadora Eliziane (PSD-MA), o que chega até agora é que quem teve acesso a esses documentos foram os seus assessores. Tem o registro de que seus assessores tiveram acesso ao relatório bem antes da divulgação na imprensa", emendou Flávio Bolsonaro.
As falas de Flávio geraram incômodo nos parlamentares da base governista, assim que ele afirma ser crime o vazamento. Já Eliziane ressalta que a acusação é “gravíssima” e que todos os parlamentares tiveram acesso aos documentos.
A senadora pediu que providências fossem tomadas e o presidente da CPMI, Arthur Maia (União-BA), determinou uma investigação sobre o vazamento.
“Incorre aí um crime, que é de denunciação caluniosa. Quando eu ouvi e li essa matéria no O Globo, eu fiquei absolutamente triste. Se existe alguma coisa que prejudica são esses vazamentos de informações, que impedem o andamento das investigações", afirmou Eliziane.