A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira (2/8) a Operação 3FA. São dois mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva cumpridos em Brasília (DF). Os endereços da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) são alvos dos policiais federais.
A operação busca esclarecer uma invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).
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O nome da operação
O nome "Operação 3FA" é uma referência à autenticação de dois fatores (2FA), método de segurança de gerenciamento de identidade e acesso que exige duas formas de identificação para acessar recursos e dados, sendo que, tendo os investigados violado o sistema, foi necessária a atuação do Estado (PF, MPF e Judiciário), que atuou na repressão à conduta criminosa e na prevenção a novas ações semelhantes.
Envolvimento de Zambelli
Além de Zambelli, está na mira da PF o hacker Walter Delgatti Neto, conhecido como 'hacker de Araraquara'. O nome do hacker ficou conhecido na Operação Lava-Jato ao acessar contas de aplicativos de mensagens de autoridades responsáveis pela operação, a chamada "Vaza Jato". De acordo com a PF, há um mandado de prisão preventiva contra o hacker.
Em depoimento à PF, no início deste mês, Delgatti Neto disse que a deputada Carla Zambelli pediu que ele invadisse o sistema das urnas eletrônicas e o celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF).
O hacker afirmou, ainda, que a parlamentar sugeriu que ele incluísse, no Banco Nacional de Mandados Prisão, um decreto de reclusão contra o magistrado. De acordo com Delgatti Neto, ele não conseguiu invadir o sistema eletrônico de votação.