O major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Flávio Silvestre de Alencar disse que a mensagem encontrada pela Polícia Federal, na qual ele diz em um grupo de WhatsApp com outros policiais que “na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso”, foi uma declaração “infeliz” e era uma brincadeira.
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“Era um grupo de amigos. Outro ponto: aquela mensagem foi postada no dia 20 de dezembro. Em nenhum momento, a mensagem foi dita para questionar as eleições, urnas eletrônicas. O comentário era uma brincadeira. Ao final, as mídias jornalísticas não retrataram veridicamente, porque embaixo tinha um ‘kkkk’. A discussão era sobre o Fundo Constitucional, e todos nós sabemos que o Fundo é importante para o DF”, completou o major.
O oficial já foi preso duas vezes pela PF, na operação Lesa Pátria, em decorrência dos desdobramentos dos atos golpistas. À época da última prisão, na 12ª fase da operação, o Correio apurou que a PF encontrou uma troca de mensagens do oficial em um grupo do WhatsApp, em dezembro de 2022, nas quais ele afirma que, "na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso".
As mensagens foram encontradas no telefone do tenente Pereira Martins — alvo da 5ª fase. A informação foi dada inicialmente pelo G1 e confirmada pela reportagem. Com a revelação de novos elementos, a corporação entendeu ser necessária a prisão do oficial para não comprometer o avanço das investigações.
CPI
O major da PMDF Flávio Silvestre de Alencar será ouvido nesta quinta-feira (3/8), às 10h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF). O oficial teria determinado o recuo de tropas da corporação na via de acesso à Praça dos Poderes, em 8 de janeiro.
O major está preso na Academia de Polícia Militar do Distrito Federal, em cela próxima à do ex-comandante do Departamento de Operações (DOP) da PMDF, Jorge Eduardo Naime. O requerimento para convocação do oficial é do deputado distrital Fábio Felix (PSol).