Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), nessa quarta-feira (2/8), a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) aproveitou a presença do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, para questionar a operação da Polícia Militar em Guarujá, onde 16 pessoas morreram.
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“Todos nós queremos saber por que e quem matou o policial Patrick, e eu falo isso como filha de policial. Porém, não admito que se faça demagogia sobre a morte de um trabalhador de segurança pública para justificar uma chacina. Não há nenhuma prova de que as pessoas assassinadas tenha alguma coisa haver com o assassinato do policial”, destacou a deputada, que ainda citou relatos de torturas e excessos.
Derrite rebateu as acusações sobre os excessos da PM na ação, e defendeu o trabalho do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já elogiou o trabalho dos militares. “Deputada, estou um pouco decepcionado com a senhora. Achei que a senhora como mulher ia defender a policial que tomou tiros de fuzil, pelas costas, do crime organizado”, disse o secretário sobre aplausos de parlamentares da bancada da bala.
Derrite ainda citou o nome de policiais atingidos por tiros e pontuou os excessos como “narrativas”. “Não estou querendo politizar e nem polemizar. Essas narrativas de que houve torturas, execuções, todos os exames do Instituto Médico Legal (IML), as necropsias não apontam sinais de violência”, afirmou.