Jornal Estado de Minas

SÃO PAULO

Deputada do Psol discute com secretário sobre chacina do Guarujá


Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), nessa quarta-feira (2/8), a deputada federal Sâmia Bonfim (Psol-SP) aproveitou a presença do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, para questionar a operação da Polícia Militar em Guarujá, onde 16 pessoas morreram.





Sâmia destacou a operação como uma das maiores chacinas do estado de São Paulo. “Há relatos de requintes de crueldade. Uma das pessoas assassinadas tinha uma criança no colo antes de acontecer (o assassinato)”, começou a parlamentar

Segundo o G1, a operação começou a registrar mortes na sexta-feira (28/7), noite seguinte ao assassinato morte do PM Patrick Reis. O policial patrulhava uma área próxima da comunidade da Vila Júlia, quando foi alvejado com tiros no tórax.

“Todos nós queremos saber por que e quem matou o policial Patrick, e eu falo isso como filha de policial. Porém, não admito que se faça demagogia sobre a morte de um trabalhador de segurança pública para justificar uma chacina. Não há nenhuma prova de que as pessoas assassinadas tenha alguma coisa haver com o assassinato do policial”, destacou a deputada, que ainda citou relatos de torturas e excessos.


Derrite rebateu as acusações sobre os excessos da PM na ação, e defendeu o trabalho do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que já elogiou o trabalho dos militares. “Deputada, estou um pouco decepcionado com a senhora. Achei que a senhora como mulher ia defender a policial que tomou tiros de fuzil, pelas costas, do crime organizado”, disse o secretário sobre aplausos de parlamentares da bancada da bala.

Derrite ainda citou o nome de policiais atingidos por tiros e pontuou os excessos como “narrativas”. “Não estou querendo politizar e nem polemizar. Essas narrativas de que houve torturas, execuções, todos os exames do Instituto Médico Legal (IML), as necropsias não apontam sinais de violência”, afirmou.