Jornal Estado de Minas

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Com figuras do Centrão, Lula dá posse ao novo ministro do Turismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse ao novo ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), nesta quinta-feira (3/8), em uma cerimônia curta no Palácio do Planalto. O ministro, no entanto, já vinha trabalhando na pasta há quase duas semanas, após um longo período de negociações do governo com o União Brasil, uma das principais siglas que compõem o Centrão.





Sabino substitui a deputada federal Daniela Carneiro (União-RJ), envolvida em polêmica com milícias cariocas e que em abril solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar o partido, minando o apoio dos correligionários. O novo ministro então havia sido oficializado em meio às 
negociações para aprovação da Reforma Tributária, ainda no meio de julho.


O novo ministro afirmou que assumiu o Turismo com o compromisso de fazer do setor uma ferramenta de desenvolvimento sustentável. “É um desafio que aceito com determinação e humildade, mas com muita confiança. Especialmente ao ver tantos amigos e líderes aqui presente”, disse Sabino durante discurso na cerimônia.

O evento no Palácio do Planalto contou com a presença do primeiro escalão do governo Lula e dos principais nomes do Centrão, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) - que se sentou ao lado do presidente -, André Fufuca (PP-AL) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), cotados para assumir outros ministérios na iminente reforma da esplanada.





“Sendo um setor transversal, que se relaciona com tantos setores e atores, será fundamental a interlocução com a Câmara dos Deputados, com o Senado Federal, ministérios, governos estaduais e municipais”, pontuou Sabino. O ministro afirmou que vai trabalhar para ampliar os números do turismo, como visitantes estrangeiros e a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB).

Próximas Mudanças

Lula não discursou durante a solenidade, que durou pouco mais de 20 minutos. Mais cedo, o petista afirmou que vai definir as próximas mudanças na Esplanada dos Ministérios já a partir da próxima semana, mas que não está com pressa e que precisa de “muita responsabilidade”.

“Eu vou fazer reajustes no governo pelo interesse em construir uma maioria para que até o final de 2026 a gente possa votar as matérias importantes para o povo brasileiro. Por isso, a troca de ministros não pode ser vista como uma coisa absurda ou algo menor, é uma coisa muito importante”, afirmou o presidente.





O chefe do Executivo ainda destacou que partidos importantes querem fazer parte do governo e que irá conversar com as legendas. “As pessoas sabem que eu vou fazer (a reforma). Sabem que o presidente da República tem que tomar muito cuidado e ter muita responsabilidade, porque quando você mexe no tabuleiro não pode mexer em uma peça errada”, afirmou.

O presidente disse tambémque não está definido quais ministérios terão mudanças, quais nomes irão assumir as pastas ou quais estados serão beneficiados. As trocas devem ser anunciadas após a Cúpula da Amazônia, no Pará.