O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta sexta-feira (4/8), que os parlamentares deveriam aprender a fazer política com os bois Caprichoso e Garantido. A declaração ocorreu em Parintins, no Amazonas. Os dois grupos são rivais e dividem a cidade nas cores vermelha e azul. Em comparação, o presidente disse que, apesar disso, ambos os lados se respeitam, diferentemente de políticos em Brasília, onde ninguém deixa o outro falar.
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"É importante que a classe política aprenda a fazer política sem ódio, sem mentira e sem provocação. Fazer política sem ofender o adversário, sem xingar e a fazer política da forma que vocês fazem a festa de vocês. Não importa a cor que vocês torçam, o que importa é que vocês são homens e mulheres civilizados, e que respeitam a diferença entre as pessoas", acrescentou.
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"Senadores e deputados, vocês deveriam trazer a classe política para vir para cá, para aprender como é que o povo faz política de forma civilizada".
Amazônia
Lula voltou a repetir que não quer transformar a Amazônia em um santuário. "A gente vai cuidar da Amazônia, mas cuidar da Amazônia não é do jeito que algumas pessoas falam. Cuidar da Amazônia é começar dizendo que a gente não quer transformar a Amazônia num santuário. A gente quer cuidar de cada igarapé, de cada animal, de cada passarinho, de cada flor, da nossa água, mas sobretudo eu quero cuidar do povo amazonense que mora aqui", acrescentou.
"Nós não aceitaremos e admitiremos garimpo ilegal em terras públicas. Nós não aceitaremos madeireiros ilegais. Ninguém é dono de uma árvore de modo que tem 300 anos. Essa árvore não pertence a ninguém. É patrimônio da humanidade", emendou.
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Ataques a Bolsonaro
Lula também aproveitou a situação para alfinetar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamando-o de genocida e criticando o homeschooling. "Nós tivemos uma tempestade que passou por esse país que dizia que queria educação familiar dentro de casa, escola em casa e nós queremos escola pública de qualidade da creche à universidade. Queremos ser respeitados no mundo".
Em tom populista, emendou que não ter ganho as eleições para atender interesses de banqueiros ou de grandes empresários. "O meu lado é o do povo pobre e do povo trabalhador desse país. Ninguém será desrespeitado por mim. Nem o empresário mais rico nem o dono da maior televisão. Mas eles têm que saber todo dia que se eu tiver que escolher em gastar um centavo com eles ou com o pobre eu gastarei com o povo porque é o povo que precisa de ajuda nesse país", concluiu.