"Primeiro, já tem uma decisão do presidente Lula de trazer esses dois parlamentares que representam duas bancadas importantes no Congresso", disse.
"Mas, mais do que elas, podem atrair outros parlamentares, trazê-los para o governo, convidá-los para ocupar postos de ministérios. São parlamentares que só podem vir para ocupar ministérios", completou.
A declaração foi dada a jornalistas em Belém (PA), onde o ministro está para uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
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Padilha não sinalizou, contudo, quais seriam as pastas que os dois parlamentares ocupariam. Esta tem sido a principal dificuldade da reforma ministerial nas últimas semanas.
Como a Folha mostrou, Lula esteve reunido com a cúpula do PT no Palácio da Alvorada na noite da última quarta-feira, e disse que cortaria pastas de ministros do PT e do PSB e "sem padrinho".
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Além do espaço ocupado pelo PT na Esplanada, a avaliação é que o tamanho do PSB --partido do vice Geraldo Alckmin-- também não corresponde à bancada da sigla no Congresso. Com 15 deputados federais, o PSB conta atualmente com três ministérios.
Segundo a Folha apurou, Lula projeções de como pode ficar a Esplanada na dança das cadeiras que deve ocorrer nas próximas semanas, para acomodar aliados do PP e do Republicanos e, com isso, conseguir uma base ampliada no Congresso Nacional.
Nem mesmo Ana Moser (Esportes) estaria imune à reforma. Também não está descartada a recriação do ministério das Micro e Pequenas Empresas com o intuito de ampliar o número de cadeiras no governo.
O PT hoje tem 11 dos 37 ministérios: Educação, Mulheres, Gestão e Inovação, Fazenda, Trabalho, Secretaria-Geral, Secretaria de Relações Institucionais, Comunicação Social, Desenvolvimento Agrário, Casa Civil e Desenvolvimento Social.