O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse não acreditar que o chefe do Executivo estadual de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tenha defendido protagonismo político para as Regiões Sul e Sudeste contra o Norte e o Nordeste.
Ele explicou que o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) se trata de uma união para tratar de pautas em comum entre as regiões, como desenvolvimento, questões tributárias, enfrentamento à pobreza e várias outras.
Ele explicou que o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) se trata de uma união para tratar de pautas em comum entre as regiões, como desenvolvimento, questões tributárias, enfrentamento à pobreza e várias outras.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Eduardo Leite disse não acreditar que Zema tenha feito tais declarações. "Seremos mais fortes quanto mais formos um só Brasil. Não acredito que o governador Zema tenha dito nada diferente disso. Se disse, não me representa", afirmou, na legenda.
No vídeo, ele diz: “A gente nunca achou que os estados do Norte e Nordeste haviam se unido contra os demais estados do país. Pelo contrário, a união destes estados em torno da pauta que é de interesse comum deles, serviu de inspiração para que a gente possa, finalmente, fazer o mesmo. Não tem nada a ver de frente de estado contra estado ou região contra região”.
Frente sul-sudeste
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Zema disse que são necessárias ações do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas em resposta aos estados do Norte e Nordeste. O objetivo do governador mineiro é que os estados atuem em conjunto para frear prejuízos às unidades federativas no Congresso.
"Outras regiões do Brasil, com Estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso", afirmou Zema.
O exemplo de atuação e o foco das atividades será a reforma tributária, que vai ser analisada no Senado, ainda segundo Zema. Para ele, os estados do sudeste sempre vão estar em desvantagem.
"Temos feito o mesmo trabalho com o senadores de nossos Estados e o que nós queremos é que o Brasil pare de avançar no sentido que avançou nos últimos anos - que é necessário, mas tem um limite - de só julgar que o Sul e o Sudeste são ricos e só eles têm que contribuir sem poder receber nada", disse o governador de Minas.
Na entrevista, Zema disse ainda que "Bolsonaro foi fundamental" para a Direita e que seria importante unir os candidatos em um nome que tenha apoio. "Se for para lançar dois, três nomes, aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário", declarou.
Zema diz ser mal interpretado
Em junho, durante encontro do Cosud, em Belo Horizonte, Zema teve que se retratar depois de dizer que estes estados concentram mais trabalhadores que no restante do Brasil. “São estados onde, diferentemente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial”, declarou o governador mineiro.
No dia seguinte, Zema disse que não se expressou da melhor forma e que foi mal interpretado. "Ontem, por uma questão talvez de não usar as palavras mais adequadas, eu acabei sendo mal interpretado. Porque quem conhece o brasileiro sabe que o que ele quer é um trabalho digno. Ele recebe o auxílio porque não está tendo opção e nós governadores do Sul e Sudeste valorizamos a geração de empregos", afirmou.