O deputado federal André Janones (Avante-MG) ironizou o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, preso na manhã desta quarta-feira (9/8) em operação da Polícia Federal por suposta interferência eleitoral. O parlamentar disse que, em julho, foi alvo de “uma enxurrada de ações de danos morais” de Silvinei porque o chamou de “bandido” pelos bloqueios em estradas do Nordeste no 2º turno das eleições.
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“Silvinei Vasques, ex diretor da PRF, acaba de ser preso. Mês passado ele entrou com uma enxurrada de ações de danos morais contra mim, por eu tê-lo chamado de bandido devido aos crimes que ele cometeu no dia das eleições. Ele foi preso por estes crimes “, escreveu o parlamentar.
Silvinei foi o único preso na operação
A prisão de Silvinei faz parte da operação Constituição Cidadã, que cumpre 10 mandados de busca e apreensão emitidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da investigação sobre uma suposta interferência da PRF durante o segundo turno das eleições.
Apenas um mandado de prisão preventiva foi emitido pelo STF, o de Silvinei. Além da prisão do ex-PRF, dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Santa Catarina, além de outros sete em Rio Grande do Sul (2 mandados), Distrito Federal (5) e Rio Grande do Norte (1), com outros alvos.
Em nota, a PF afirma que a operação busca esclarecer o uso de máquina pública para fins eleitorais. "De acordo com as investigações, integrantes da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022"", diz a instituição.
A corporação também afirma que "os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do país".
A Corregedoria da PRF trabalha em conjunto com a PF e determinará a oitiva de 47 policiais rodoviários federais. "Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro", pontua a nota da PF.