O pedido de prisão da Polícia Federal (PF) contra o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques consta que dois servidores mentiram em depoimento por “reverência ao ex-chefe”. Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, do G1, eles foram ouvidos nas diligências sobre uma possível interferência da corporação nas eleições de 2022.
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SP quer anistiar multas por não uso de máscaras; Bolsonaro acumula multasQuem é o ex-diretor da PRF preso por suspeita de interferência nas eleiçõesPRF abre investigações contra ex-diretor-geral Silvinei VasquesLuís Roberto Barroso é eleito presidente do Supremo Tribunal FederalAs ações foram ostensivas em cidades nordestinas onde o então candidato petista teve mais de 75% dos votos no primeiro turno. Segundo o blog do jornalista Valdo Cruz, as informações encontradas em celulares de policiais rodoviários continham o mapeamento das referidas cidades.
As diligências também encontraram conversas sobre uma reunião da cúpula da PRF, quando Vasques teria determinado um “policiamento direcionado” no dia do segundo turno. Na mesma época o agente havia compartilhado imagens fazendo campanha para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas apagou as publicações.
Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas, Vasques negou que a PRF tenha atuado para interferir nas eleições presidenciais e classificou as acusações como a “maior injustiça da história da Polícia Rodoviária Federal”.
O ex-diretor-geral também afirmou que a relação com Bolsonaro era apenas “profissional”. "O cargo nunca foi usado em benefício meu e muito menos dele. E não seria eu também que mudaria o resultado das eleições", respondeu. Ao ser questionado por que apagou a publicação, Silvinei disse que queria evitar polêmica.
A CPMI deve analisar um novo pedido de convocação de Silvinei Vasques para que ele seja ouvido sobre as novas provas.