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Logo em seguida, Torres reiterou que não era atribuição dele acabar com o acampamento. Ele explicou que a PF, sob subordinação do Ministério da Justiça, determinou o monitoramento e a investigação dos integrantes do acampamento. “Quando eu assumi a secretaria, foi uma das primeiras medidas que tomei (desmobilizar o QG). Tive uma reunião com o general Dutra e a secretária de Desenvolvimento Social do DF (em 6 de janeiro)”, explicou.
“Nessa reunião, o general me mostrou o celular dele: ‘Anderson, olha aqui. Olha o acampamento um mês atrás, e olha agora de manhã’. Naquela sexta, os acampamentos estavam quase desmobilizados. Muitas pessoas que estavam ali (eram) moradores de rua. Foi por isso que ele pediu para convidar a secretária (Ana Marra, secretária da Sedes)”, reforçou.
Depoimento
O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres é ouvido hoje, às 10h, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa (CLDF). Torres ficou preso 117 dias. Detido em 14 de janeiro, foi solto em 11 de maio, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Existia um clima de incerteza sobre o comparecimento ou não do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), mas a defesa confirmou a presença dele na sessão da CPI de hoje, principalmente após a performance avaliada como positiva no depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, do Congresso Nacional. Antes do tão aguardado depoimento, Torres deixou de ir à CPI da CLDF uma vez, em março. Na época, Moraes ressaltou que cabia ao próprio ex-secretário escolher se deveria ou não comparecer.
Para convencê-lo, os distritais chegaram a propor uma sessão secreta, para que fosse evitada a exposição dele, principalmente porque Torres se queixava a interlocutores de que não queria que as três filhas o vissem na condição de preso. O período também ficou marcado por Torres tentar se desvencilhar de Bolsonaro, trocando de advogado, que, à época, também era do próprio ex-presidente.
Estagiário sob supervisão de Adriana Bernardes*