(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas ECONOMIA

Presidente do BC diz que inflação de serviços 'preocupa um pouco mais'

Campos Neto foi prestar contas sobre as decisões tomadas pela autoridade monetária em relação à inflação, à política de juros e à estabilidade financeira


10/08/2023 13:40 - atualizado 10/08/2023 13:40
440

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante Arguição Pública
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, durante Arguição Pública (foto: Pedro Gontijo / Presidência Senado)
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (10) que a inflação de serviços no Brasil ainda "preocupa um pouco mais", citando que o índice do segmento tem caído lentamente e ainda se encontra em um patamar acima da média.

 

O chefe da autoridade monetária também citou que o núcleo da inflação de serviços –parâmetro que tira os itens mais voláteis– ainda continua elevado.

 

"No caso do Brasil, o que hoje preocupa hoje um pouco mais é a inflação de serviços, que tem caído muito lentamente. Ela preocupa especialmente quando afeta a inflação de salários, a gente não tem visto isso ainda, a gente tem visto até uma melhora recente na inflação, apesar do núcleo inflação de serviços ainda estar alto", afirmou.

 

 

"A gente vê que a inflação de serviços tem caído, mas ainda se encontra em um patamar bem acima da média. Quando olha o núcleo da inflação de serviços, tirando os itens mais voláteis, quando olha o intervalo mais curto não tem caído, mostrou uma ligeira subida", acrescentou.

 

Campos Neto compareceu no Senado Federal para prestar contas sobre as decisões tomadas pela autoridade monetária em relação à inflação, à política de juros e à estabilidade financeira. Conforme a lei de autonomia, em vigor desde 2021, o presidente do BC tem de ir ao Congresso Nacional prestar esclarecimentos ao menos duas vezes ao ano.

 

"Lembrando que amanhã [sexta] sai o número de inflação fechado, a gente deve ter uma pequena melhora, mas a gente está olhando a inflação serviços como um elemento importante para convergência de todos os fatores da inflação", disse.

 

 

O índice oficial de inflação do Brasil (IPCA) atualizado será conhecido nesta sexta-feira (11). De acordo com o último dado disponibilizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a alta acumulada em 12 meses desacelerou para 3,16% até junho.

 

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), que sinaliza uma tendência para os preços, teve queda de 0,07% em julho, com recuo dos preços de energia elétrica e alimentos.

 

No cenário de referência do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, a projeção de inflação para este ano caiu para 4,9% e, para 2024, se manteve em 3,4%. Para 2025, a estimativa é de 3%.

 

Atualmente, os objetivos perseguidos pelo BC são 3,25% neste ano e 3% a partir de 2024, com intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em junho, o CMN (Conselho Monetário Nacional) determinou que, a partir de 2025, o objetivo passará a ser perseguido de forma contínua, não mais seguindo o ano-calendário.

 

O Copom iniciou no dia 2 de agosto o ciclo de cortes de juros, com a redução da taxa básica em 0,5 ponto percentual —de 13,75% para 13,25% ao ano. Coube a Campos Neto dar o voto decisivo no apertado placar de 5 a 4.

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)