O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (10/8) que "tentaram corromper a Polícia Rodoviária Federal para não deixar pobre votar". A declaração ocorreu durante cerimônia de início das obras do anel viário de Campo Grande e anúncio de investimentos em mobilidade urbana no Rio de Janeiro e é uma referência à prisão do ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, deflagrada ontem pela Polícia Federal (PF).
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Vasques foi alvo da Operação Constituição Cidadã, que investiga suposta interferência da PRF nas eleições de 2022. A ação foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Contra o ex-diretor da PRF pesam acusações de ter buscado alterar o resultado do pleito ao tentar impedir, por meio de blitze em estradas do Nordeste, que eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva chegassem aos locais de votação. Nesta quinta-feira, Silvinei deve ser levado para o Complexo Penitenciário da Papuda.
Enquanto corria o segundo turno das eleições, agentes da Polícia Rodoviária realizavam blitze nas estradas. Ao fazer as intervenções, Silvinei Vasques descumpriu uma ordem de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
No dia em que a PRF desrespeitou a decisão do magistrado, a corporação havia feito 514 intervenções de fiscalização contra ônibus até as 12h35. Esse número significou 70% a mais do que no primeiro turno.
Também no evento de hoje, Lula aproveitou a ocasião para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamando-o de negacionista e apontando o mesmo como o "responsável por pelo menos metade das mortes de covid-19" no país.
Amanhã, ainda no Rio, a previsão é que o petista lance o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal programa de infraestrutura do governo no Theatro Municipal, com a presença em peso de ministros e governadores.