Jornal Estado de Minas

POLÍCIA FEDERAL

Natuza sobre esquema de Cid e Bolsonaro para venda de joias: 'Delinquência'

A comentarista de política Natuza Nery, da "GloboNews", classificou o esquema do tenente-coronel Mauro Cid e de Jair Bolsonaro (PL) para vender um conjunto de joias como “delinquência”. Nesta sexta-feira (11/8), investigações da Polícia Federal (PF) revelaram que o ex-presidente e seus auxiliares usaram o avião presidencial para retirar do Brasil pelo menos quatro conjuntos de bens recebidos em viagens internacionais.





A viagem ocorreu no dia 30 de dezembro de 2022, véspera do último dia de mandato de Bolsonaro, que foi para os Estados Unidos evitar seguir o rito e passar a faixa ao presidente Lula (PT). O ex-presidente e seus auxiliares teriam vendido alguns itens e depois recuperado por valores maiores.

“Toda história é chocante. Vi em um determinado momento alguém comprar com as organizações tabajara, mas eu acho um desrespeito. Era delinquência mesmo, da pior forma. Tem uma hora que quando começa a dar ‘B.O’, o Cid fala que precisa devolver, trazer de volta”, disse Natuza.

As mensagens reveladas entre Cid e outros auxiliares ainda dão conta de que o militar ironizou a situação dizendo que “dá pena devolver 120 mil doláres”, dando risada. Segundo a PF, a operação tem "objetivo de esclarecer a atuação de associação criminosa constituída para a prática dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro".





Ainda segundo Natuza, o pai de Mauro Cid, o General Mauro Lourena Cid, alvo de operação da PF, é alvo das autoridades desde o início do ano e pressionava a cúpula das Forças Armadas para libertar o filho, preso ainda em maio.

A operação ainda mirou o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, e o tenente do Exército, Osmar Crivelatti. A ação desta sexta foi nomeada de “Lucas 12:2”, uma alusão ao versículo bíblico: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".