O general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (11/8), suspeito de utilizar a estrutura do governo para desviar joias entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
atuado para vender as joias no exterior. O envolvimento do militar no esquema surpreende pelo fato da alta patente e o prestígio que ele tem dentro das Forças Armadas. No entanto, o tenente-coronel já seria alvo da PF desde o início do ano.
Lourena Cid e outros ajudantes de ordem de Bolsonaro teriam General da reserva, lotado no Ministério da Defesa, Mauro Lourena Cid recebe um salário bruto de R$ 36.601,05, segundo dados de 2023 do Portal da Transparência. De forma líquida, o militar recebe R$ 23.896,43, porém, em junho, ele teve uma bonificação de R$ 42.212,55 devido a uma gratificação natalina.
As investigações da PF apontaram que o valor conseguido pelos suspeitos foi convertido em dinheiro vivo e ingressou no patrimônio pessoal do grupo.
Os valores entraram nas contas bancárias por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. Os fatos configuram crime de peculato e lavagem de dinheiro.
A operação ainda mirou o advogado de Bolsonaro, Frederick Wassef, e o tenente do Exército, Osmar Crivelatti. A ação desta sexta foi nomeada de “Lucas 12:2”, uma alusão ao versículo bíblico: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto ou oculto que não venha a ser conhecido".