A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pode se tornar ré por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo ao perseguir um homem durante as eleições de 2022. Três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já votaram favoráveis à investigação.
O ministro Gilmar Mendes foi o último dos integrantes da Corte a votar pela apuração, em sessão virtual. Os ministros Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia também se posicionaram no mesmo sentido que o decano do STF.
A Suprema Corte tem até o dia 21 deste mês para análisar o caso.
No dia 29 de outubro do ano passado, véspera do segundo turno eleitoral, Zambelli sacou uma arma durante uma discussão com o jornalista Luan Araújo no bairro dos Jardins em São Paulo. Um segurança da parlamentar também empunhou a arma e chegou a disparar acidentalmente.
Nas imagens, Luan chega a correr para dentro de um bar, que estava cheio, enquanto a bolsonarista o perseguia e apontava a arma.
Ela relatou que havia sido agredida e cercada antes da atitude. Nas imagens é possível ver dois homens discutindo com Zambelli e alguns de seus seguranças. Ao correr atrás de Luan, a parlamentar se desequilibra e cai sozinha.
A Procuradoria-Geral da República alega que a parlamentar agiu "de forma livre, consciente e volutária" para constranger o jornalista "mediante grave ameaça exercida com o emprego de arma de fogo, a fazer o que a lei não manda".
Recentemente, a deputada bolsonarista processou por difamação o acossado por um texto que contém críticas a ela publicado por Luan no site Diário do Centro do Mundo.