Após a Polícia Federal (PF) revelar que Michelle Bolsonaro deverá ser indiciada no caso das vendas ilegais de joias dadas como presente a ela e ao marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a presidente do PL Mulher garantiu, ao Correio, que está “absolutamente tranquila”.
Em nota, a defesa de Michelle, representada pelo advogado Daniel Leon Bialski, assegurou à reportagem que a ex-primeira-dama “desconhece ter ocorrido irregularidade ou ilicitude” no caso das joias sauditas. O comunicado também esclarece que foi solicitado acesso aos autos para “conhecer quais as suspeitas existentes” e que mencionam o nome da esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Procurada, a Polícia Federal afirmou que "não se manifesta sobre investigações em andamento."
O possível indiciamento foi divulgado pelo blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, nesta segunda-feira (14/8). A PF afirmou já ter elementos suficientes para indiciar Michelle. A suspeita é de que ela tenha sido beneficiada com as vendas das joias.
“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma,” afirmou um policial federal à jornalista. Investigadores revelaram que Michelle será ouvida, mas a corporação não tem pressa para colher o depoimento formal da ex-primeira-dama, justamente por ser possível realizar o indiciamento com as evidências já coletadas.
A investigação da Polícia Federal apura possível peculato, que é o desvio de recursos públicos, e desvio de dinheiro. Além de Michelle, estão sendo investigados nesse esquema o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid; o pai dele, general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid; o tenente Osmar Crivelatti e o advogado da família Frederick Wassef.